E o melhor carro mini no mercado é...

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No que diz respeito ao automóvel, crise traduz-se pela procura de modelos mais baratos, com menor consumo e mais valor no mercado de usados. No mercado português, que está em queda total no primeiro semestre (-41,86% nos ligeiros de passageiros), o segmento A, dos económicos, foi aquele que menos se ressentiu (-22,51%), o que mostra o crescimento da procura deste tipo de carros por parte dos portugueses. O Dinheiro Vivo foi ver quais os cinco modelos mais vendidos da categoria e, entre eles, quais os que constituem um investimento mais seguro no que toca a valor de usado. O resultado é muito aproximado, com ligeira vantagem para o Peugeot 107.

Apesar de apresentarem um total de vendas relativamente baixo (4529 unidades nos primeiros seis meses), a verdade é que os mini do segmento A, económico, têm registado, proporcionalmente, um aumento de procura em Portugal, tendência que se reflete no mercado europeu e os torna, por isso, uma aposta das marcas a nível internacional (ler aqui). Isto mesmo sem disporem de uma oferta forte em termos de motores diesel. O segmento A é, aliás, aquele em que as vendas de motores a gasóleo estão muito longe das dos propulsores a gasolina (11,50% contra 84,85%, nos primeiros seis meses deste ano).

Escolhemos, por isso, versões a gasolina como padrão e recorremos à revista "Guia do Automóvel" para calcular as desvalorizações de cada um dos modelos, um exercício para o qual foram consideradas as versões de entrada, que poderão não refletir desvalorizações idênticas nos casos em que os modelos recebem grandes dotações de equipamento opcional, nem a oscilação de preços ou promoções das marcas.

O "Top 5" dos económicos ficou assim ordenado:

smart fortwo

Começando pelo campeão de vendas, o smart fortwo coupé pure mhd (potência de 71 cavalos e consumo médio anunciado de 4,3 litros por cada 100 quilómetros) consegue reter um valor comercial de cerca de 55%, quando comparado com o mesmo modelo matriculado no primeiro semestre de 2009. Tendo em conta que não é mais económico do que os seus adversários e de que oferece apenas dois lugares, o smart mostra que o estilo e personalização também pesam no mercado. Vendeu 992 unidades no primeiro semestre de 2012, segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal.

Peugeot 107

Na segunda posição de vendas no primeiro semestre, com 657 unidades vendidas, colocou-se o Peugeot 107. A versão Access de cinco portas, com 68 cavalos de potência, "promete" um consumo médio igual ao do Smart. Mas, comparando o preço atual com o de um usado do primeiro semestre de 2009, verifica-se que o 107 é o campeão a reter valor: 57%.

Citroen C1

O terceiro mais vendido é o "irmão" do 107 no Grupo PSA: o Citroen C1 Atraction. Estes modelos foram desenvolvidos a três, juntamente com a Toyota (Aygo), mas alvo, depois, de comercializações distintas. Saíram-se melhor por cá os franceses, com equipamentos e motores semelhantes. E o resultado do C1 é, de facto, idêntico ao do 107: vendeu 593 unidades no primeiro semestre, tem cinco portas, o mesmo motor de 68 cavalos e o mesmo consumo médio anunciado de 4,3 litros por cada 100 quilómetros percorridos. Mas, consegue reter apenas 53% do seu valor.

Fiat Panda

O Fiat Panda, grande sucesso de vendas a nível europeu, fica-se pela quarta posição no mercado português. Vendeu 549 unidades no primeiro semestre. A versão 1.2 8V Pop, com 69 cavalos de potência tem um consumo médio superior ao dos seus concorrentes (5,2 litros por cada 100 quilómetros), mas, ainda assim, o mais "velho" dos cinco modelos mais vendidos retém 55% do seu valor, relativamente ao primeiro semestre de 2009.

Fiat 500

O quinto mais vendido da categoria faz parte daquilo a que se pode chamar a faixa "premium" do segmento. É o Fiat 500, que vendeu 399 unidades no primeiro semestre e cujo preço parte de valores bem mais elevados que os restantes. Mesmo assim, com o mesmo motor do Panda, um 500 Pop (69 cavalos de potência e consumo médio de 5,1 litros por cada 100 quilómetros) do primeiro semestre de 2009 ainda vale 55% do que custa.

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