Aeroporto: LNEC defende que Alcochete "tem futuro a longo prazo"

A presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil assume que está disponível para participar no processo de Avaliação Ambiental Estratégica do novo aeroporto para realizar estudos ou coordenar.
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A presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Laura Caldeira, acredita que o campo de tiro de Alcochete é a opção mais viável, atualmente, para a construção de uma nova infraestrutura aeroportuária. "Com os estudos que temos neste momento, a opção de Alcochete parece ser a que tem futuro a longo prazo", disse esta terça-feira, 21, no Parlamento, numa audição na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, a propósito do concurso público para a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) sobre a localização do novo Aeroporto Internacional de Lisboa, a requerimento do PCP.

A presidente recordou o estudo comparativo entre a Ota e Alcochete, realizado pela LNEC em 2008, e relembrou que "Alcochete era infinitamente melhor".

"Quando fizemos a análise comparativa entre a Ota e Alcochete um dos fatores importantes para irmos para Alcochete foi porque permitia a expansão em caso de haver aumento de tráfego aéreo e o aeroporto poderia ser expandido e no Montijo teremos também essa limitação. Terá de ser um dos parâmetros críticos que tem de ser ponderado como os outros", indicou.

Questionada pelos deputados sobre se o Montijo poderá ser uma alternativa mais rápida e barata, respondeu. "Depende dos objetivos. Temos de considerar todas as hipóteses e a rapidez de execução não é a única. O que contribui para o país e para a região é mais relevante.", alertou, admitindo também, a possibilidade de uma obra em Alcochete a dois tempos. "O aeroporto em duas fases era muito mais caro do que fazer numa fase única mas o custo da construção não é o único custo que vai pesar nas decisões que temos de tomar", adiantou.

Laura Caldeira defende que a solução para Alcochete está já desenvolvida desde 2008 e que basta apenas atualizá-la. "Houve alterações nos últimos anos no tráfego aéreo e em termos ambientais a legislação também foi alterada. É preciso atualizar os estudos para Alcochete", constatou.

Sobre o facto de o LNEC não ter sido chamado a participar na AEE do novo aeroporto da capital, a presidente acredita que o "LNEC não foi desrespeitado no processo" e mostra-se disponível para integrar o processo garantindo que "é parte da solução e não do problema". "O LNEC pode fazer os estudos ou controlar a execução os estudos por parte do governo", sugeriu.

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