O produto interno bruto (PIB) nacional registou um crescimento homólogo de 4,9%, em termos homólogos, no terceiro trimestre do ano, contra os 7,4% do trimestre anterior. Indica o Instituto Nacional de Estatística que este abrandamento se deve ao "crescimento ligeiramente menos acentuado" do consumo privado, à "diminuição" do investimento e a uma "desaceleração mais intensa" das exportações do que das importações..Os dados são das Contas Nacionais Trimestrais, hoje publicadas pelo INE, e que dão conta que o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no 3º trimestre, passando de 4,0 pontos percentuais no 2º trimestre, para 2,9 pontos percentuais. Do lado da procura externa o contributo positivo para a variação homóloga do PIB também diminuiu, para 2,0 pontos percentuais, contra os 3,3 pontos percentuais no trimestre anterior.."Em resultado do crescimento pronunciado do deflator das importações, superior ao observado nas exportações, verificou-se, pelo sexto trimestre consecutivo, uma perda significativa (4,1%) dos termos de troca, embora menos intensa que no trimestre anterior", sublinha o INE..Comparativamente ao trimestre anterior, o PIB aumento 0,4% em volume, mais 0,3 pontos percentuais que o registado no trimestre precedentes E se em termos homólogo o contributo da procura interna diminuiu, na variação em cadeia passou a positivo, com um aumento de 0,4 pontos percentuais, contra os 0,5 pontos percentuais negativos do 2º semestre. Já a procura externa líquida passou de um contributo positivo, de 0,6 pontos percentuais no segundo trimestre, de abril a junho, a nulo no período de julho a setembro..Em termos nominais, o PIB registou um crescimento homólogo de 10,1% (foi de 11,8% no trimestre precedente e 6,7% no 3º trimestre de 2021). O deflator implícito acelerou no 3º trimestre, para uma taxa de variação homóloga de 5,0% (4,1% no trimestre anterior)..Na decomposição das componentes da procura interna, em termos reais, assistiu-se a uma "ligeira desaceleração" do consumo privado (inclui as Instituições Sem Fim Lucrativo ao Serviço das Famílias), com uma variação homóloga de 4,4% no 3º trimestre (4,6% no trimestre anterior)..Já o consumo público aumentou 0,5% em termos homólogos, menos 1,2 pontos percentuais do que no trimestre anterior e o Investimento diminuiu: passou de um crescimento de 3,5% no 2º trimestre, para uma redução de 0,4%. A FBCF total desacelerou, para uma taxa de variação de 1,2% (1,6% no 2º trimestre), enquanto a Variação de Existências passou de um contributo positivo (0,3 pontos percentuais) para o crescimento homólogo do PIB no 2º trimestre, para um contributo negativo de 0,3 pontos percentuais no 3º trimestre.