EDP vende eólicas e barragens aos chineses e faz 640 milhões de euros

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A EDP vendeu 49% da participação que detém no consórcio Eólicas de Portugal (ENEOP) à China Three Gorges e ainda uma participação de 50% em duas barragens no Brasil, anunciou hoje a empresa em comunicado enviado ao mercado.

Estes três negócios fazem parte do acordo assumido na privatização da empresa portuguesa que definia que os chineses iriam comprar participações em projetos da EDP em todo o mundo num montante global de dois mil milhões de euros.

Destes, a empresa portuguesa já tinha recebido 360 milhões de euros pela venda de participações minoritárias noutros parques eólicos em Portugal, e com estes três negócios receberá mais 640 milhões de euros.

Quer isto dizer que, no total, o acordo para a venda de ativos aos chineses atinge agora os mil milhões de euros, como aliás o CEO da EDP, António Mexia, tinha prometido em abril, após a Assembleia Geral de Acionistas. "Até ao final do ano atingiremos metade dos objectivos da parceria", referiu na altura.

Além disso, com estes três negócios a empresa prossegue a sua estratégia de desinvestimento como forma de arranjar financiamento para projetos futuros e inicia o desenvolvimento de obras em conjunto com os chineses no Brasil, o que também estava previsto no acordo da privatização.

Segundo o comunicado enviado esta manhã antes da abertura do mercado, o negócio de venda de 49% da participação de 40% que a EDP Renováveis detém na Eneop está ainda dependente do processo de cisão de activos, pelo que esta transacção só "deverá ocorrer em 2015".

Já na venda das posições de 50% em duas barragens no Brasil está previsto, além da entrada no capital dos projetos, que as duas empresas os continuem a desenvolver em conjunto.

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