O Banco Popular e o Banco Pastor confirmaram hoje a sua operação de fusão, com o banco madrileno a querer adquirir a totalidade do Banco Pastor, mediante o encaixe de 1,115 acções da nova emissão do Popular, por cada acção do banco galego. . A oferta valoriza o Pastor em 1.084,6 milhões de euros, o que supõe uma subida de 31% tendo em conta o valor das acções hoje, antes de serem suspensas em bolsa. . A Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola suspendeu esta tarde a cotação dos bancos Popular e Pastor, por entender que poderiam estar a ocorrer circunstâncias que poderiam perturbar o funcionamento normal das operações sobre esses valores. Em Portugal, a CMVM interrompeu as negociações de acções do Banco Popular Español, cotado no índice Euronext Lisbon. . A decisão ocorreu num momento em que as ações do Popular estavam a negociar nos 3,565 euros (mais 1,34%) e as do Pastor a subir 4,84% para 3,030 euros. . Ambas as empresas contam com acionistas sólidos. O banco madrileno, Popular, é presididido por Ángel Ron, e conta com a Alliance e uma associação formada por um grupo de sócios, que juntos acumulam 25% do capital. O banco galego, Pastor, dirigido por José Maria Arias, tem a Fundação Pedro Ruiz de la Maza como accionista de referência. . Esta vai ser a segunda fusão entre bancos espanhóis, desde o início da crise em 2008, depois de em 2010 o Sabadell absorver o Guipuzcoano.