Montra portuguesa de ativos digitais de luxo com investimento de 2,2 milhões

Um multimilionário francês escolheu Portugal para fundar a Exclusible, com o propósito de atrair marcas de luxo para o mundo dos ativos NFT.
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É a partir de Portugal que o mulimilionário francês Thibault Launay quer convencer as marcas de luxo a entrarem no mundo dos ativos digitais. A Exclusible quer ser a montra de referência para estes ativos a partir do final deste ano. Antes disso, já angariou a primeira injeção de capital: recebeu 2,2 milhões de euros em ronda de investimento seed (semente), segundo a informação divulgada esta terça-feira.

A operação contou com a participação de investidores de vários países: a sociedade de capital de risco portuguesa Indico, a plataforma de investimentos Apex Capital, os britânicos da White Star Capital e o fundo europeu Tioga Capital.

A Exclusible garante que identificou uma procura online digital específica e crescente por marcas de luxo, à medida que cada vez mais cripto-entusiastas, colecionadores e público em geral que compra produtos de luxo procura também investir em bens digitais, cuja comprovada escassez é garantida pela tecnologia descentralizada blockchain.

Supercarros, relógios, moda e joalharia serão as quatro áreas em que haverá experiências de luxo através de NFT de edição limitada.

Assim como a Farfetch é a plataforma de moda de luxo, a Exclusible quer fazer o mesmo para o luxo digital, ao atrair entusiastas de ativos não fungíveis (NFT) e os consumidores de luxo tradicionais. Os ativos poderão ser comprados por criptomoedas ou meios de pagamento mais tradicionais, como cartões de créditos.

A startup adianta que já tem cartas de intenção assinadas com designers globais de referência, com negociações estabelecidas com marcas de luxo em todo o mundo.

Os NFT podem ser utilizados para certificar a autenticidade de fotos, vídeos e áudio, de forma limitada, para gerar escassez. Só em julho geraram vendas superiores a 1,2 mil milhões de dólares (mil milhões de euros), praticamente metade do volume de vendas durante o primeiro semestre de 2021.

"Temos a convicção de que irá acontecer uma migração progressiva da nossa vida social e digital para metaversos (universos virtuais), e que as marcas tradicionais vão querer estar presentes neste espaço. Isto será decisivo para a indústria de luxo, dada a importância do valor das suas marcas e a necessidade de estarem presentes onde estão os consumidores", nota Thibault Launay, citado em comunicado de imprensa.

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