A Odisseias já não é "só" uma empresa que vende "packs" de experiências, online ou no retalho. Agora, é também "Saúde Livre" - um projeto lançado há poucas semanas que quer servir de "montra" a prestadores de serviços e tornar os cuidados de saúde mais acessíveis aos portugueses, sem terem de subscrever cartões ou seguros com mensalidades.."Não temos dúvidas de que vamos modificar a Saúde em Portugal", refere Francisco Costa, um dos fundadores da Odisseias, em 2005, e administrador da nova SGPS homónima, que servirá como casa-mãe para futuros diferentes negócios da empresa e, idealmente, dominar o comércio online português.."Para nós, é óbvio que é um projeto que traz vantagens a todos os envolvidos: os prestadores contam com a divulgação e o investimento em marketing que nós fazemos e os clientes conseguem aceder a preços convencionados bastante abaixo do que pagariam normalmente, sem terem de pagar mensalidades de seguros ou cartões", explica..No arranque, o Saúde Livre conta com cerca de 250 prestadores de serviços - desde exames a consultas de especialidade - de quase todos os distritos do país, contando abranger todo o território nacional "até ao final do primeiro semestre". Quem acede ao site pode procurar a especialidade que procura no distrito onde pretende obter a consulta, visualizando o preço do lado direito do ecrã - encontram-se dentistas a partir de 19€, outras especialidades desde 39€ e urgências desde 55€. "Não há um preço tabelado e cada parceiro indica o preço que pretende, embora haja uma tabela de referência", explica Francisco Costa..Feita a marcação, o cliente receberá a confirmação por parte do prestador de serviços no prazo de 48 horas e uma espécie de "voucher" com um código de marcação, que deverá apresentar no dia da consulta. Esta só é paga no local, dado que "para efeitos fiscais, o cliente precisa sempre do recibo médico"..Para Francisco Costa, o novo negócio "não substitui os seguros de saúde, se encarados enquanto recurso para situações mais complexas, como cirurgias", mas tem a vantagem de "tornar acessíveis especialidades que alguns seguros nem contemplam, como dentista, a preços convencionados"..Segundo o modelo de negócio, a Odisseias é remunerada com "uma comissão por cada cliente enviado ao parceiro". As clínicas e os hospitais não pagam para entrar na rede, onde obtêm uma exposição que Francisco Costa garante ser única no país. "É o primeiro site onde há fotografias de cada espaço, um autêntico marketplace de clínicas e hospitais que não existia em Portugal", justifica..Com um investimento de 250 mil euros em marketing programado para este ano e uma equipa de cinco comerciais exclusivamente dedicados ao projeto, a Saúde Livre é "uma startup dentro da Odisseias, onde ainda será testado o que é que os clientes querem e com um modelo aberto a evolução", portanto não há "objetivos de faturação definidos" e só a certeza de que será "um projeto de longo prazo". E, depois, assegura Francisco Costa, "outros negócios se seguirão".