
As empresas de telecomunicações nacionais faturaram no primeiro trimestre do ano 540 milhões de euros pelos serviços fornecidos em pacote, mais 9% do que o registado nos primeiros três meses de 2023, segundo dados divulgados pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
As receitas de serviços em pacote, observadas entre janeiro e março, representaram 53,4% do total das receitas retalhistas, com o regulador a realçar que "há três trimestres consecutivos que se tem vindo a registar um crescimento anual em torno de 9%, o que não ocorria desde 2016".
Dos 540 milhões de euros encaixados pelos operadores, 68,5% correspondem a receita vinda dos pacotes com quatro ou cinco serviços agregados. As receitas deste tipo de ofertas também representam mais de dois terços (36,6%) do total das receitas retalhistas.
Os dados do regulador indicam que 86,6% das receitas de pacotes de serviços tem origem no segmento residencial.
Entre janeiro e março, cada subscritor pagou 38,51 euros mensais, em média. O valor representa um crescimento de 6,4% da receita média mensal por cliente, sendo este "o maior crescimento anual desde 2016".
No final do primeiro trimeste de 2024, o regulador contava 4,7 milhões de subscritores de pacotes de serviços, mais 2,3% face a igual período do ano anterior. A Anacom salienta que "o crescimento está exclusivamente associado às ofertas 4/5P [com quatro ou cinco serviços agregados]", que captaram mais 155 mil assinantes até ao afinal de março.
"As ofertas 4/5P foram as mais utilizadas, contando com 2,6 milhões de subscritores (56,4% do total de subscritores de ofertas em pacote), seguindo-se as ofertas 3P [três serviços combinados no mesmo pacote], com 1,6 milhões de subscritores (35%). As ofertas 3P verificaram o maior decréscimo anual desde 2015 (-2,9%)", lê-se.
A Meo continua a ser o operador com maior quota de mercado de subscritores de serviços (41,6%), seguida da NOS (35,1%), da Vodafone (20,5%) e da Nowo (2,7%). Em relação ao trimestre homólogo, a quota da Meo cresceu 0,4 pontos percentuais, bem como a da Vodafone subiu 0,2 pontos percentuais. Já a NOS registou um recuo de 0,4 pontos percentuais, assim como a Nowo em 0,2 pontos percentuais.
"A Meo apresentou a maior quota de subscritores em todos os tipos de oferta: 2P (48,3%), 3P (39,4%) e 4/5P (42,0%); e nos dois segmentos: residencial (40,0%) e não residencial (52,1%)", acrescenta a Anacom.