Conselho de Ministros acaba de anunciar a venda da REN a chineses (25%) e árabes (15%). Os novos acionistas irão ter quatro dos 15 lugares do novo Conselho de Administração da empresa.
A chinesa State Grid pagou 387,15 milhões por um quarto das ações da elétrica e a Oman Oil desembolsou 205,06 milhões por 15%.
Segundo a secretária de Estado do Tesouro, o novo CA da REN será composto por 15 elementos, sendo 3 designados pela State Grid e 1 pela Oman Oil.
Assim, e segundo a CMVM, a Oman Oil irá proceder à aquisição de 80 100 000 ações representativas de 15% do capital social da REN pelo preço global de 205.056.000 euros, incorporando um prémio de 23% em relação ao preço de mercado no dia 1 de fevereiro.
Já a State Grid irá proceder à aquisição de 133 500 000 ações representativas de 25% do capital social da REN pelo preço global de 387.150.000 euros, incorporando um prémio de 40% em relação ao preço de mercado no dia 1 de fevereiro.
No total o Governo recebe 592,21 milhões de euros pela cedência dos 40% a privatizar, o que corresponde a 150 milhões acima do valor atual da empresa, o que para Maria Luís Albuquerque é um resultado "particularmente satisfatório pelo valor que representa".
Segundo o ministro da economia a privatização da REN foi um sucesso que será refletido da economia portuguesa: "O sucesso da privatização da REN é um sucesso da economia nacional", porque mostra que há confiança e melhora as condições de financiamento
A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, referiu que a chinesa State Grid, terá maiores poderes dentro da empresa, sendo que tem também, propósitos de financiamento da REN, em 100 milhões de euros, através do China Development Bank.
A chinesa State Grid é, segundo a secretária de Estado, a maior energética mundial, com um investimento de 180 milhões de euros, tendo presença actualmente no Brasil e Filipinas.
A Omã Oil tem interesses em 35 empresas, de nove países, sendo que quatro estão localizadas em Espanha.
O Estado português fica, assim com 11,1% da REN que, segundo o ministro da economia, serão mais tarde, alienados no mercado. Ainda não existe data prevista.