Terras raras. Delegação do Brasil visita Bruxelas para formar alternativa à China

Com cerca de 50 projetos ligados a minerais, o Brasil quer desempenhar um papel mais importante no setor, com exportações. Para tal, reúne hoje em Bruxelas, com responsáveis da Comissão Europeia.
Terras raras. Delegação do Brasil visita Bruxelas para formar alternativa à China
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Entidades de vários setores da economia e política do Brasil estão reunidas com a Comissão Europeia, em Bruxelas. Em cima da mesa está o tema das matérias primas, como é o caso das terras raras, que têm estado no centro das atenções no que diz respeito à guerra comercial.

O Brasil procura aproveitar uma altura de fragilidade da Europa (assim como dos Estados Unidos) neste âmbito, na sequência de o setor ter sido atingido pela guerra comercial.

A reunião está integrada na Raw Materials Week 2025, um evento organizado pela Comissão Europeia. Este reúne representantes de instituições, indústrias, governos, academia e sociedade civil da Europa para discutir avanços nas políticas e inovações relacionadas com as matérias-primas.

A presença brasileira vai integrar um painel oficial e uma sessão paralela, organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

De acordo com um comunicado da Apex, o Brasil procura sublinhar um papel de "parceiro confiável e de longo prazo para a Europa no fortalecimento de cadeias de abastecimento", nomeadamente no que diz respeito a minerais como lítio, níquel, nióbio, grafite e terras raras.

O tema da sessão é "O Brasil como Parceiro Estratégico para Cadeias de Valor Sustentáveis em Matérias Primas Críticas” e teve início às 15 horas desta quarta-feira, 19 de novembro. Deverá decorrer até às 19 horas. Conta com representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Universidade Federal de Catalão (UFCAT), FGV Europe, Brazilian Nickel, Comissão Europeia (DG INTPA), AMG Group e German Trade and Invest (GTAI).

De resto, o Brasil tem perto de 50 projetos ativos em minerais, ao mesmo tempo que tenta fazer crescer a sua cadeia de produção para o exterior.

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