CEO do Sabadell revela que governo espanhol pediu "milagres" para evitar OPA do BBVA

Josep Oliu, afirmou, ao La Vanguardia, que o banco está a "procurar alianças que façam sentido" para se proteger de novas OPA, acrescentando que, "neste momento, não há nada" em vista.
CEO do Sabadell revela que governo espanhol pediu "milagres" para evitar OPA do BBVA
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O presidente do Banco Sabadell, Josep Oliu, confirmou, em entrevista ao La Vanguardia, o interesse do Governo espanhol em evitar o êxito da OPA hostil do BBVA.

"A única coisa que [o Governo] nos pediu foi que fizéssemos milagres para que a OPA não fosse adiante. Já o fizemos", salientou sem deixar de destacar também a segurança do banco em relação a futuras tentativas de aquisição.

César González-Bueno, diretor executivo do Sabadell, também comentou sobre o tema à mesma publicação, afirmando que "não precisamos nem corremos o risco de qualquer outro movimento, porque hostil só poderia vir de um dos três grandes".

Após o fracasso da OPA do BBVA, o administrador acredita que "não é possível uma OPA hostil por parte de nenhum deles" e acrescentou que, no máximo, poderia surgir “uma aliança” ou “um acordo”, mas não uma OPA hostil.

Quanto aos próximos passos do banco, Oliu mencionou que estão "a procurar alianças que façam sentido", referindo colaborações já existentes com a Amundi e a Zurich.

O presidente da entidade bancária disse ainda que "se alguém entrar no capital do banco para defender a sua aliança, compreenderei e acho que isso é bom e válido", ressalvando, no entanto, que "em princípio, neste momento, não há nada" em vista.

Ambos os executivos realçaram a intenção do banco de seguir de forma independente. Oliu utilizou uma metáfora, dizendo: "Não vamos bater à porta de ninguém no dia seguinte porque vou ficar sem namorada. Não, não, não. A namorada não era querida".

O presidente do Sabadell também expressou confiança na força do banco após a tentativa de OPA, afirmando que "sai fortalecido" e que agora se concentra em finalizar a operação de venda do TSB ao Santander, "um banco que vendemos pelo dobro do valor pelo qual o comprámos".

González-Bueno destacou igualmente a solidez dos resultados do Sabadell, mencionando um crescimento de 8% no mercado espanhol em termos homólogos.

De salientar que a OPA do BBVA, que não obteve sucesso, alcançou apenas 25,33% do capital social do Sabadell, abaixo do limite de 30% necessário para avançar com a aquisição, conforme indicado pelo regulador do mercado espanhol (CNMV).

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