A Galp acordou com a TotalEnergies uma troca de participações que altera a sua posição em três blocos na bacia do Orange, Namíbia. Em Licença de Exploração Petrolífera nº 83 (PEL 83) — onde se situa a descoberta Mopane — a Galp mantém 40% após ceder 40% à TotalEnergies e receber, em contrapartida, 10% em PEL 56 e 9,4% em PEL 91. A operação garante continuidade na Mopane e confere à Galp exposição ao projeto Venus através das participações em PEL 56 e PEL 91. Com o acordo, a TotalEnergies passa a operadora de PEL 83.O entendimento prevê, nos próximos dois anos, uma campanha de exploração e apreciação com pelo menos três poços para reduzir o risco do Mopane e viabilizar um eventual hub de desenvolvimento; o primeiro poço está a ser avaliado para 2026. As partes assinaram também um acordo de financiamento que cobre 50% dos investimentos da Galp numa primeira fase de desenvolvimento do Mopane — esse montante será reembolsado com 50% dos fluxos de caixa futuros da Galp provenientes do projeto, após o primeiro óleo comercial.Quanto ao Venus, a TotalEnergies está a amadurecer um conceito de desenvolvimento para uma FPSO de 160 kbpd, com decisão final de investimento estimada para 2026. A transação depende das habituais aprovações das autoridades namibianas e dos parceiros das joint ventures, com conclusão prevista ao longo de 2026.Paula Amorim, presidente da Galp, revelou a satisfação "por nos associarmos à TotalEnergies, um operador com vasta experiência em ultra deepwater, e por alinhar um caminho concreto para reduzir o risco do Mopane", acrescentando que "expandimos a nossa presença na prolífica bacia do Orange, reforçando o nosso compromisso com o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás da Namíbia e fortalecendo o portefólio upstream com projetos de elevado potencial, como o Venus"..Galp prepara nova fase na Namíbia e procura parceiro “com apetite” para acelerar projeto