Governo e Fundo de Resolução assinam quarta-feira acordos de venda do Novobanco

Acordos serão assinados pelas 11 horas no salão nobre do Ministério das Finanças, em Lisboa, com a presença do ministro, Miranda Sarmento.
O ministro das Finanças, Miranda Sarmento
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O Governo e o Fundo de Resolução vão assinar esta quarta-feira, 29, acordos de venda do Novobanco ao grupo bancário francês BPCE, segundo a nota de agenda hoje divulgada pelo Ministério das Finanças.

Na informação, os "acordos de adesão à venda do Novo Banco" pelo Estado português e pelo Fundo de Resolução bancário serão assinados pelas 11 horas no salão nobre do Ministério das Finanças, em Lisboa, com a presença do ministro, Miranda Sarmento.

O Novobanco foi criado em 2014 para ficar com parte da atividade bancária do BES, na resolução deste.

Em 2017, a maioria do capital foi vendido à Lone Star. Então, foi acordado um mecanismo pelo qual, nos anos seguintes, o Fundo de Resolução injetou 3.405 milhões de euros no banco, provocando várias polémicas políticas e mediáticas.

Com o fim antecipado deste mecanismo, em final de 2024, tornou-se possível a venda do banco e o pagamento de dividendos aos acionistas. Atualmente, o fundo norte-americano Lone Star tem 75%, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças tem 11,46% e o Fundo de Resolução 13,54%.

Em junho, foi acordada a venda ao BPCE por 6.400 milhões de euros.

O Governo disse então que a venda do Novobanco associada à distribuição de dividendos que ocorreu este ano permitiu "ao Estado recuperar quase 2.000 milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição”.

No início de agosto, segundo a imprensa, foi assinado contrato de venda do Novobanco entre a Lone Star e o BPCE.

Em setembro, foi polémica a notícia do Público de que dirigentes da Lone Star e gestores do Novobanco receberão bónus que ascendem a 1.100 milhões de euros pagos pelo acionista Lone Star relativos à venda do Novo Banco.

Mais de 2.700 trabalhadores do Novobanco (dos mais de 4.000) subscreveram , a semana passada, um abaixo-assinado insatisfeitos por não serem reconhecidos financeiramente pela venda ao BPCE.

A Comissão de Trabalhadores do Novobanco reivindica dois salários a todos os trabalhadores como "forma mínima de reconhecimento pelo seu esforço, dedicação e papel fundamental na recuperação e valorização do banco”.

A Comissão de Trabalhadores do Novobanco também pediu audiências ao Governo e Fundo de Resolução para reivindicar os prémios.

A Lusa questionou essas mesmas entidades, sobre se concordam ou não que os trabalhadores recebam os prémios, mas não obteve resposta.

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