Em 2025, 25% das empresas portuguesas enfrentaram incumprimentos significativos, de acordo com a vaga de outono do Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e Iberinform, e que foi divulgada esta terça-feira, 4 de novembro. Este estudo envolveu gestores de quase 300 empresas de diferentes setores e tamanhos e revelou um agravamento de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior.Além disso, 74% das empresas notaram deterioração nos níveis de solvência ou liquidez dos seus clientes. Apesar disso, a inflação, que era um fator desestabilizador para 37% das empresas, apresentou uma ligeira melhoria, com uma redução de cinco pontos em comparação ao ano passado. O impacto dos custos financeiros e de energia também diminuiu, afetando 30% e 20% das empresas, respetivamente.Um novo fator identificável é a fraca evolução da procura, que foi mencionada como disruptiva pelos pagamentos aos clientes por 24% das empresas. Outros fatores relevantes incluem as tensões geopolíticas (22%), problemas na cadeia de abastecimento (16%) e incerteza tarifária (12%).Apesar do cenário de risco de crédito, a maioria das empresas mantém uma visão otimista para 2025. "57% das empresas esperam fechar o ano com crescimento no volume de negócios e 56% no lucro", afirmam os responsáveis pelo estudo. São apenas previstas quedas de 12% e 16%, respetivamente, nos dois indicadores. O otimismo parece continuar em 2026, com 61% das empresas a acreditar que os níveis de volume de negócios vão continuar a recuperar, enquanto apenas 8% esperam um desempenho pior no próximo ano..Estudo diz que 86% das empresas em Portugal não estão preparadas para a diretiva de transparência salarial