A região da Grande Lisboa registou um aumento de 7% nas transações imobiliárias nos primeiros dez meses de 2025, segundo dados da rede imobiliária Remax. Do total de transações efectuadas por compradores estrangeiros — cerca de 5.400 — quase metade concentrou‑se nos concelhos de Lisboa e Sintra.Lisboa responde por cerca de um terço do mercado regional. Entre os compradores internacionais na capital, os brasileiros lideram com 21% das operações, seguidos por norte‑americanos (10%) e franceses (7%). No conjunto da Grande Lisboa, o Brasil mantém‑se como a principal nacionalidade estrangeira, representando cerca de 7% de todas as transações da rede e uma em cada quatro aquisições não nacionais.A composição do investimento estrangeiro alterou‑se: os europeus passaram a representar mais de um terço das transações estrangeiras, com destaque para ucranianos, russos, franceses, italianos e ingleses. A participacão de compradores da América do Sul e Central cresceu ligeiramente, impulsionada por brasileiros e argentinos, enquanto as aquisições de origem africana e asiática recuaram marginalmente. Os norte‑americanos aumentaram a sua presença e diversificaram geografias — a Grande Lisboa passou a representar 37,5% das transações desses investidores em Portugal, que realizaram operações em 132 concelhos.Quanto ao tipo de imóvel, os apartamentos dominaram as compras estrangeiras (77%), seguidos por moradias (8%) e por espaços comerciais ou de escritório (7%). Entre os apartamentos, as tipologias T2 (46%), T3 (27%) e T1 (19%) concentraram mais de 90% das aquisições.O preço médio dos imóveis adquiridos por investidores estrangeiros na Grande Lisboa situou‑se nos 310 mil euros, um aumento de 11% face aos cerca de 279 mil euros verificados no mesmo período de 2024.Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, afirma que “a expansão e diversificação do investimento estrangeiro, aliada à sua forte concentração em concelhos‑chave da Grande Lisboa, evidenciam a capacidade atrativa desta área, não só pela sua localização privilegiada, como também pelo dinamismo das oportunidades de negócio”..Segmento de luxo da Remax regista mais de 83 milhões só na Margem Sul no 1.º semestre