O Grupo Crédito Agrícola anunciou através de comunicado, esta sexta-feira, 21, que registou um resultado líquido consolidado de 241,6 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025, o que representa uma diminuição homóloga de 105,5 milhões de euros (-30,4%). A rentabilidade dos capitais próprios situou‑se em 10,9% no período.O produto bancário core ficou em 686,6 milhões de euros, menos 91,3 milhões de euros face a igual período de 2024 (-11,7%). A margem financeira caiu 99,3 milhões de euros (-16,8%), para 493,5 milhões de euros, compensada em parte por comissões líquidas em subida (+6,1 milhões de euros ou +5,4%) e ganhos com contratos de seguros (+1,9 milhões de euros ou +2,6%).Os depósitos de clientes aumentaram para 23.174 milhões de euros em setembro de 2025, um crescimento de 5,2% desde dezembro de 2024, e a quota de mercado do grupo situou‑se em 8,2%. A carteira de crédito bruta subiu 6,7% para 13.597 milhões de euros, com a quota de mercado em crédito a subir para 6,1%.A qualidade da carteira continuou a melhorar: o rácio bruto de NPL caiu para 4,2% em setembro de 2025 (era 4,6% em dezembro de 2024 e 6,1% em setembro de 2024). Nos rácios prudenciais, o CET1 e fundos próprios totais ascenderam a 23,4% em conformidade com CRD IV/CRR3, o rácio de alavancagem situou‑se em 10,1%, o LCR em 368,4% e o NSFR em 174,8%, níveis confortavelmente acima das exigências regulatórias. O grupo atingiu um rácio MREL TREA + CBR de 28,70%, acima do requisito mínimo de 25,24% para 2024.No plano de dívida, o Crédito Agrícola exerceu em 5 de novembro de 2025 o reembolso antecipado de obrigações sénior preferenciais ligadas à sustentabilidade social, no montante remanescente de 96,8 milhões de euros, após uma recompra de 203,2 milhões de euros e uma emissão de 300 milhões de euros em 2025.Sobre estes resultados, Sérgio Raposo Frade, presidente do Grupo Crédito Agrícola, afirma, citado em comunicado, que “nos primeiros nove meses de 2025, num contexto desafiante e de redução material das taxas de juro, o Grupo manteve um crescimento sustentável, consolidou as suas quotas de mercado e alcançou resultados líquidos acumulados de 241,6 milhões de euros e uma rentabilidade dos capitais próprios de 10,9%”.Frade acrescentou ainda que “os rácios de solvabilidade e liquidez confirmam uma margem muito confortável face aos requisitos prudenciais e às orientações da supervisão”..Lucro do Crédito Agrícola cai 23% para 172,2 milhões de euros no 1.º semestre