Mais de metade das empresas portuguesas aceitam prazos de pagamento superiores aos desejados

Estudo da Crédito y Caución e Iberinform diz que 60% das empresas (+9% do quem em 2024) aceitam prazos de pagamento mais longos do que desejariam para preservar carteiras de clientes B2B.
Mais de metade das empresas portuguesas aceitam prazos de pagamento superiores aos desejados
Bruno Simões Castanheira / Global Imagens
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O Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform com mais de 300 gestores, indica que os prazos de pagamento em 2025 praticamente não mudaram face a 2024. Cerca de 11% das empresas operam com clientes a prazos superiores a 90 dias.

Segundo o inquérito, 59% das empresas — mais cinco pontos percentuais do que em 2024 — cumprem prazos inferiores a 60 dias, valor previsto no Decreto‑Lei n.º 62/2013. Porém, apenas 20% conseguiram reduzir prazos para os 30 dias promovidos pela Comissão Europeia.

A pressão comercial mantém‑se: 60% das empresas, nove pontos percentuais acima do ano anterior, aceitam prazos de pagamento mais longos do que desejariam para preservar carteiras de clientes B2B. A capacidade de impor prazos variou por dimensão, com 18% nos profissionais independentes, 30% nas PME e 33% nas grandes empresas.

Pela primeira vez desde a pandemia, as PME aumentaram a imposição de prazos mais amplos sobre os seus clientes, e também as grandes empresas mostraram um agravamento desse comportamento em 2025.

Quanto às causas da morosidade, 65% das empresas reportaram problemas financeiros entre os seus clientes. A falta de liquidez é apontada como principal motivo, seguida do atraso intencional (52%), da complexidade dos procedimentos de pagamento (15%), da emissão de faturas incorretas (4,6%) e de discrepâncias sobre a qualidade dos bens ou serviços (0,5%).

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