O Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform com mais de 300 gestores, indica que os prazos de pagamento em 2025 praticamente não mudaram face a 2024. Cerca de 11% das empresas operam com clientes a prazos superiores a 90 dias.Segundo o inquérito, 59% das empresas — mais cinco pontos percentuais do que em 2024 — cumprem prazos inferiores a 60 dias, valor previsto no Decreto‑Lei n.º 62/2013. Porém, apenas 20% conseguiram reduzir prazos para os 30 dias promovidos pela Comissão Europeia.A pressão comercial mantém‑se: 60% das empresas, nove pontos percentuais acima do ano anterior, aceitam prazos de pagamento mais longos do que desejariam para preservar carteiras de clientes B2B. A capacidade de impor prazos variou por dimensão, com 18% nos profissionais independentes, 30% nas PME e 33% nas grandes empresas.Pela primeira vez desde a pandemia, as PME aumentaram a imposição de prazos mais amplos sobre os seus clientes, e também as grandes empresas mostraram um agravamento desse comportamento em 2025.Quanto às causas da morosidade, 65% das empresas reportaram problemas financeiros entre os seus clientes. A falta de liquidez é apontada como principal motivo, seguida do atraso intencional (52%), da complexidade dos procedimentos de pagamento (15%), da emissão de faturas incorretas (4,6%) e de discrepâncias sobre a qualidade dos bens ou serviços (0,5%)..Empresas têm 1.300 milhões de investimento bloqueado por "burocracia ambiental"