O negócio não é novo, mas o banco brasileiro da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no Brasil está, agora, mais próximo de ser vendido. O Governo aprovou a decisão em Conselho de Ministros.Na sexta-feira, o Governo “aprovou uma Resolução do Conselho de Ministros que determina o relançamento do processo de alienação das ações detidas pela Caixa Geral de Depósitos, S.A., representativas de 100% do capital social do Banco Caixa Geral – Brasil bem como da totalidade ou parte do capital social das sociedades por este e dos respetivos ativos”, pode ler-se em comunicado. De acordo com o CEO, Paulo Macedo, existem entidades interessadas. Neste contexto, porém, importa lembrar que o processo já vem de trás.Recuamos até 2017, quando a CGD deu início à intenção de vender o Banco Caixa Geral – Brasil, em linha com o plano de reestruturação que estava em vigor (entretanto finalizado).Posteriormente, em 2019, o Conselho de Ministros da altura aprovou um caderno de encargos referente à venda da totalidade do capital do Banco Caixa Geral – Brasil. Recorde-se que, à data, vigorava o primeiro governo formado pelo Partido Socialista desde que era liderado por António Costa.A venda acabaria por não avançar e é em 2021 que é relançada, mediante nova aprovação. Porém, em 2023, o mesmo responsável informou que o Conselho de Ministros (ainda liderado por António Costa) recomendou o cancelamento da venda. Adiantou ainda que a CGD queria "resolver os problemas do banco".Em 2025, novo capítulo. O Conselho de Ministros do atual Governo toma a decisão de dar força a uma futura venda. Ora, de acordo com o responsável máximo, existe procura pelo negócio, ao mesmo tempo que é do interesse da CGD avançar no sentido da venda.“Voltamos a ter entidades interessadas, pelo que gostaríamos de retomar o processo”, disse o CEO da Caixa, no final julho. De qualquer forma, os nomes das mesmas continuam a ser uma incógnita, até ao momento.Para lá chegar, porém, existe "todo um conjunto de questões processuais antes de se chegar à fala com eventuais interessados", lembrou Paulo Macedo, que ocupa o cargo desde 2017 e cujo mandato termina em 2028.As declarações foram feitas aquando da apresentação dos resultados do primeiro semestre. Entre os números divulgados, destaque para a subida de 0,4% nos lucros, para 893 milhões de euros, que conduziram a dividendos entregues ao Estado no valor de 850 milhões de euros. Ao mesmo tempo, a margem financeira caiu 10,0% e não foi além de 442 milhões de euros.Sobre a filial brasileira da CGD, sabe-se que à escala, tem pouco peso na CGD, na medida em que registou lucros na ordem de 10,3 milhões de reais (ou 1,6 milhões de euros, ao câmbio atual) em 2024. A operação centra-se maioritariamente na banca de empresas e de investimento, apoiando clientes em operações de financiamento, fusões e aquisições. .CGD lança linha de 40 milhões de euros para apoiar vítimas dos incêndios.CGD com melhor desempenho da zona euro no teste de stress da autoridade europeia.CGD regista lucro de 893 milhões entre janeiro e junho