Perdas económicas por catástrofes naturais caem para 187 mil milhões

De acordo com a estimativa divulgada pela Swiss Re, a conta para as seguradoras ascendeu a 107 mil milhões de dólares, uma queda de 24,1% em relação ao anterior.
No ano passado, o Brasil somou 1161 desastres naturais, mais de três por dia, em média.
No ano passado, o Brasil somou 1161 desastres naturais, mais de três por dia, em média.Nelson ALMEIDA / AFP
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As perdas económicas causadas por catástrofes naturais a nível mundial diminuíram quase um terço em 2025, para 220 mil milhões de dólares (cerca de 187 mil milhões de euros), segundo uma primeira estimativa da Swiss Re.

De acordo com a estimativa divulgada esta terça-feira, 16, a conta para as seguradoras ascendeu a 107 mil milhões de dólares, uma queda de 24,1% em relação ao anterior, justificada por uma tempestade de furacões no Atlântico Norte menos dispendiosa do que em 2024, apesar dos incêndios em Los Angeles.

Esta diminuição deve-se à temporada de furacões no Atlântico Norte, muito menos severa do que em 2024, com os furacões Debby, Helene e Milton, que causaram prejuízos avultados.

Este ano, o mais dispendioso foi o furacão Melissa que devastou a Jamaica e atingiu o Haiti e Cuba, com perdas seguradas estimadas em “até 2,5 mil milhões de dólares”, segundo a seguradora suíça.

Com rajadas de vento que atingiram 298 quilómetros por hora, este furacão de categoria 5 causou inundações e deslizamentos de terra significativos, com a Swiss Re a salientar que se trata de um dos furacões mais poderosos que alguma vez atingiu a terra.

A temporada de furacões em 2025 contou com 13 tempestades, com três furacões de categoria 5 (Erin, Humberto e Melissa), mas, “pela primeira vez em 10 anos”, nenhum destes atingiu os Estados Unidos, o que explica a estimativa significativamente menor.

A seguradora suíça especifica, no entanto, que, embora os custos tenham sido menores, 2025 continua a ser o sexto ano em que os danos cobertos pelas seguradoras por catástrofes naturais ultrapassaram a marca dos 100 mil milhões de dólares.

Em 2025, os custos das seguradoras com tempestades, acompanhadas por violentas rajadas de vento, granizo, tornados ou inundações atingiram 50 mil milhões de dólares, tornando-se o terceiro ano mais caro em termos de tempestades, depois de 2023 e 2024, devido às tempestades acompanhadas por tornados nos Estados Unidos em março e maio.

A Swiss Re observa que os Estados Unidos representam, por si só, 83% dos danos cobertos pelas seguradoras a nível mundial, com 89 mil milhões de dólares em perdas seguradas, dos quais 40 mil milhões apenas para os incêndios em Los Angeles.

O Sudeste Asiático também foi recentemente afetado por graves inundações, nomeadamente no Vietname, Tailândia e Indonésia, não tendo a seguradora fornecido ainda qualquer estimativa nesta fase.

No ano passado, o Brasil somou 1161 desastres naturais, mais de três por dia, em média.
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