“Portugal é um farol de estabilidade” com foco no talento, diz Leitão Amaro

Na Web Summit, o ministro da Presidência acena aos empresários e salienta a importância de construir “pontes” com outros países, nomeadamente com os EUA.
António Leitão Amaro subiu a um dos palcos da Web Summit 2025 para o painel "Trump, tarifas e a nova ordem mundial"
António Leitão Amaro subiu a um dos palcos da Web Summit 2025 para o painel "Trump, tarifas e a nova ordem mundial"Gerardo Santos
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Portugal é “um farol de estabilidade” no que diz respeito à atração de investimento e empresas de países estrangeiros. Agarantia foi deixada pelo ministro da Presidência, na Web Summit.

De acordo com as palavras de António Leitão Amaro no painel Trump, tarifas e a nova ordem mundial”, Portugal está “focado em atrair talento” e investimento vindos de outros países. Com esta perpetiva, o Governo quer ser um “construtor de pontes” que liguem o país a empresas estrangeiras.

Em causa estava o tema da incerteza que domina o ambiente económico e empresarial um pouco por todo o mundo, nomeadamente em função da guerra de tarifas, que tem sido travada de forma mais acérrima pelos Estados Unidos da América e China. Entre os quatro participantes, notou-se uma concordância geral em torno da ideia de que, por esta altura, aquelas são as duas principais potências no panorama económico e empresarial, de forma particular no setor da tecnologia. Ora, Leitão Amaro não fugiu ao tema.

O membro do Governo começou por sublinhar o “orgulho na aliança histórica com os EUA, que queremos manter, independentemente da administração” que lidera aquele país. Assim sendo, “ouvimos o que é dito pela Administração dos EUA”, garante, deixando a garantia de que Portugal escuta as “reivindicações” da administração liderada por Donald Trump.

“Os países europeus não estão a contribuir para a NATO como se comprometeram”, reconheceu. Em causa está uma referência ao acordo que estabelecia que os membros da organização atlântica contribuiriam com investimentos equivalentes a 5%no setor da Defesa. O novo acordo (validado inclusive por Portugal)estabelece que essa meta deverá ser alcançada por todos até 2035, em linha com as exigências de Trump.

Esta intenção de corresponder aos alertas que chegam dos EUA diz respeito ao propósito de “construir uma ponte” com os norte-americanos, sublinha Leitão Amaro.

Ainda no âmbito de ouvir os sinais que chegam da administração norte-americana, deixou um alerta sobre aquilo que considera ser egulação em demasia, lançada pela UE e que deverá ser aplicada pelos Estados-membros. De acordo com o membro do Governo, existe “regulação excessiva que aprovamos na Europa e que talvez devêssemos reduzir”, alertou, sem abordar o tema mais a fundo.

Neste âmbito, importa “colocarmo-nos nos pés do outro e ver o que podemos fazer para construir essa ponte e atravessá-la até ele”.

Mas, no que diz respeito a um olhar internacional, o ministro da Presidência foi mais além, com um olhar sobre outros continentes. “Somos um dos países mais expostos a diferentes regiões” e xplica, apontando a outros países e continentes. “Temos uma relação incrível com o Brasil e áfrica, mas também uma presença muito sólida noutras regiões e países na Ásia”, assinalou, ainda que sem referir concretamente a China.

Perante uma audiência muito preenchida por empresários que chegaram a Lisboa vindos de todo o mundo, o governante foi convidado a deixar um conselho destinado a estes e às respetivas empresas, na perspetiva de que possam prosperar no futuro. “Venham para Portugal, estabeleçam-se, invistam e escalem o vosso negócio aqui”.

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