O setor tecnológico em Portugal mostra intenções de recrutamento mais vigorosas em 2026, é o que revela a Experis, consultora global em recrutamento, seleção e soluções de gestão de talento tecnológico, no seu Experis Tech Talent Outlook.De acordo com o relatório da marca detida e operada pelo ManpowerGroup, a projeção para criação líquida de emprego fixa‑se em +36% para o primeiro trimestre, resultado que coloca Portugal no 9.º lugar entre os países com expectativas mais optimistas, ligeiramente acima da média global.A maioria das empresas contactadas (59%) prevê aumentar equipas no próximo trimestre, 26% esperam manter os quadros e 10% antecipam reduções. O crescimento do número de colaboradores explica‑se principalmente por expansão das organizações — motivada por novos projetos ou iniciativas temporárias (48%) — e pelo reforço resultante do crescimento da própria empresa (44%). A abertura de novas áreas representa também uma fatia relevante (32%). Além disso, o avanço tecnológico faz crescer a procura por funções especializadas, refletida no aumento de empregadores que apontam essa razão face ao trimestre anterior.No capítulo das reduções, a automação e a otimização de processos surgem como os principais motores da diminuição de quadros (33%), um valor acima da média nacional de todos os sectores. Processos de reorganização ou downsizing têm o mesmo peso. Ao contrário de outros sectores, as empresas de TI em Portugal não apontam problemas macroeconómicos como causa de cortes, embora 17% mencionem alterações de mercado.A nível global, as TI mantêm‑se como o sector com a projeção mais elevada (+35%), apesar de uma ligeira desaceleração face aos trimestres anteriores. Países como Brasil, Perú e Índia apresentam expectativas particularmente fortes, enquanto Eslováquia e Roménia reportam as intenções menos favoráveis. .Metade dos ataques informáticos em Portugal têm como alvos setores tecnológico e media