Modelos analíticos da LTPLabs já nos quatro cantos do mundo

Consultora portuense desenha soluções para melhorar desempenho de grandes empresas nacionais e internacionais. Negócio cresce 28% ao ano.
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A LTPLabs, consultora de gestão que chegou ao mercado em 2015, fruto de um spin-off do INESC TEC, já exporta os seus modelos analíticos e algoritmos para mais de 10 países nos quatro cantos do mundo, apoiando o desenvolvimento do negócio de multinacionais dos setores de bens de consumo, retalho, serviços e indústria transformadora. Os mercados externos valem 30% da faturação desta boutique tecnológica do Porto, que tem registado aumentos nos proveitos da ordem dos 28% ao ano e idênticas taxas de crescimento no número de clientes e colaboradores. As perspetivas de futuro são animadoras.

O contexto mundial, que cruza uma pandemia e uma guerra, levanta vários desafios às empresas. Como sublinha Bernardo Almada-Lobo, co-fundador e partner da LTPLabs, "a cadeia de abastecimento global tem estado, nos últimos dois anos, exposta a desafios extremos, com tempos de resposta muito longos em diversos pontos e com a subida dos preços da energia e de transporte a dificultar ainda mais a produção e movimentação de produtos, bem como a gestão de inventário".

Neste ambiente desafiador, a consultora tem criado soluções para apoiar as empresas a detetar mudanças de comportamento dos clientes, a ajustar a gama de produtos, a definir operações logísticas para responder a alterações súbitas de tendências ou a encurtar o last mile para garantir as flutuações e os picos de procura de produtos. E, salienta Bernardo Almada-Lobo, tudo com base em modelos analíticos e algoritmos inovadores e em processos customizados para cada cliente.

Como observa, as administrações "que já tomam decisões com base em dados trabalhados por modelos analíticos conseguiram responder mais rapidamente a estes desafios". E esse é o papel da LTPLabs: "Dotar as empresas de capacidades analíticas não só para reagir, mas sobretudo para antecipar as mudanças constantes no mundo".

Atualmente, a consultora trabalha com mais de 50 clientes, sendo que nesse universo "figuram a maioria das empresas do PSI, bem como multinacionais com operações em várias geografias". No capítulo da internacionalização, a maioria dos clientes estão na Europa (Suíça, Espanha e Alemanha), mas também em África (Nigéria), Ásia-Pacífico (Indonésia, Taiwan, Tailândia, Hong Kong ou Filipinas) e América do Sul (Brasil), nos setores de bens de consumo, retalho e indústria.

Já com um leque alargado de operações internacionais, a LTPLabs considera, no entanto, que esta "jornada ainda está no início". Com o apoio do seu advisory board, que possui experiência significativa além-fronteiras, a consultora quer continuar a "abrir portas em diferentes geografias, como os EUA e Ásia", revela o gestor. Na linha desta ambição, Bernardo Almada-Lobo definiu como objetivo para este ano um crescimento de 25% no volume de negócios, apoiado na expansão das vendas nos mercados externos. "Iremos continuar a reforçar clientes novos nos setores e áreas funcionais onde temos trabalhado, mas também testando projetos em áreas novas que coloquem a LTP e os LTPeers [como designam os seus colaboradores] fora da sua zona de conforto".

Para apoiar o crescimento, a LTP está a preparar a mudança de instalações, que irá ocorrer no início do segundo semestre, passando do concelho do Porto para o de Matosinhos, onde já terá as condições adequadas para albergar os 70 LTPeers - só este ano já recrutou mais 12 colaboradores. O novo escritório foi desenhado para integrar espaços colaborativos, de forma a promover a co-criação, a partilha de ideias e o trabalho de equipa, mas também para desconstruir os problemas complexos que chegam à LTPLabs.

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