Mágico português nomeado para os Óscares da internet nos EUA por espetáculo por Zoom

Hélder Guimarães criou durante a pandemia dois espetáculos de magia por Zoom a partir de Los Angeles, onde reside. O primeiro deles (The Present) foi agora nomeado para um prémio Webby, que premeia a excelência artística e científica na internet.
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O mágico portuense Hélder Guimarães está na corrida por um dos prémios Webby na categoria de melhor experiência narrativa na área de acontecimentos virtuais e remotos. As votações decorrem aqui e qualquer um pode votar.

Os prémios Webby distinguem a excelência na internet e são entregues anualmente nos Estados Unidos pela Academia Internacional de Artes e Ciências Digitais, um órgão composto por mais de dois mil especialistas do setor e inovadores em tecnologia. As categorias incluem sites, publicidade e meios de comunicação online, bem como filmes e videos online, apps e projetos nas redes sociais.

Hélder Guimarães estreou em abril de 2020, em pleno confinamento, nos Estados Unidos, um espetáculo de magia por videoconferência - pela plataforma Zoom. O mágico português que vive em Los Angeles mostrou que um espetáculo por Zoom em tempos de pandemia pode ter sucesso.

The Present acabou por recolher elogios dos principais jornais norte-americanos, Washington Post, New York Times e Los Angeles Times incluídos, bem como de uma panóplia de celebridades de Hollywood vasta - com o realizador JJ Abrams em destaque.

O espectáculo conquistou cerca 14.000 pessoas e 1 milhão de dólares em seis meses. Histórias misteriosas, decisões por parte do público e muita magia numa interação por Zoom fazem parte de The Present, feito a partir da sua casa em Los Angeles.

O sucesso foi de tal forma que depois de 250 sessões, de dezenas de críticas elogiosas dos principais jornais e de nomes no público como Laura Dern, Mark Hamill e Billy Crystal, a 17 de outubro, no último show disponibilizou bilhetes para uma versão em streaming (já sem interação ao vivo).

Resultado? Mais de 6200 lares de todo o mundo pagaram entre 25 e 50 dólares para assistir à sessão de magia em streaming (sem a possibilidade de interação direta que pelo Zoom é possível), no que poderá ter dado ao português e ao teatro Geffen, que organiza tudo sob a direção de Frank Marshall, produtor de Indiana Jones e Jurassic Park, mais de 230 mil dólares (187 mil euros) numa só sessão.

Em sete meses o espetáculo interativo transmitido por Zoom para 25 domicílios e só com um mágico e as suas cartas em casa (a noiva de Hélder era responsável pelo trabalho de câmara) terá amealhado mais de 800 mil dólares - a somar aos valores do último mês do ano deverá superar o 1 milhão de dólares (816 mil euros).

Em dezembro, chegou a vez de repetir a receita por Zoom num novo espetáculo também chamado The Future (O Futuro) - terminou no início deste mês de abril - e que em vez de permitir interação por videoconferência só para 25 lares, agora o número subiu para os 120 - o bilhete de acesso para cada família custa 95 dólares e inclui um tubo misterioso enviado por correio que traz acessórios para o público poder fazer magia nas suas próprias casas seguindo as instruções de Helder.

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